O S&P 500 e o Dow atingiram novos recordes de alta na terça-feira, apesar dos fracos dados de confiança do consumidor. Desta vez, as ações de mineração ajudaram o mercado, saltando devido ao estímulo econômico maciço anunciado pela China.
Inicialmente, os índices perderam alguns de seus ganhos após o Conference Board divulgar um relatório que mostrou uma queda inesperada na confiança do consumidor dos EUA em setembro. O declínio foi devido a preocupações crescentes sobre a saúde do mercado de trabalho dos E.U.A.
Zachary Hill, chefe de gestão de portfólio da Horizon Investments, explicou que os ganhos recentes no mercado foram impulsionados principalmente por notícias de apoio ao mercado acionário chinês, além de promessas de futuros cortes nas taxas de juros. Esses anúncios resultaram em um aumento significativo nas ações internacionais, refletindo um otimismo crescente entre os investidores.
Hill disse que as medidas de estímulo chinesas também pesaram sobre os mercados dos EUA, especialmente em setores expostos à economia chinesa, como mineração e metais, que registraram fortes ganhos.
O Dow Jones Industrial Average (DJI) subiu 83,57 pontos (0,20%), encerrando o dia em 42.208,22. O S&P 500 (SPX) subiu 14,36 pontos (0,25%), para 5.732,93, enquanto o Nasdaq Composite (IXIC) subiu 100,25 pontos (0,56%), para 18.074,52.
Dos 11 setores do S&P 500, cinco terminaram o dia em território positivo, com as ações de materiais registrando os maiores ganhos, com alta de 1,35%.
Os preços dos metais subiram acentuadamente após a China, a segunda maior economia do mundo, anunciar seu maior estímulo econômico desde a pandemia, buscando tirar o país de uma crise deflacionária.
Em meio às medidas de apoio da China, as ações de mineração de cobre e lítio apresentaram ganhos notáveis. As ações da Freeport-McMoRan subiram 7,93%, as da Southern Copper, 7,22%, as da Albemarle, 1,97%, e as da Arcadium Lithium, 3,2%.
As empresas chinesas listadas nas bolsas dos EUA também apresentaram forte crescimento. Por exemplo, o Alibaba deu um salto de 7,88%, a PDD Holdings subiu 11,79% e a Li Auto ganhou 11,37%, refletindo o sentimento positivo no mercado doméstico.
Os gigantes da tecnologia tiveram resultados mistos, com a Nvidia subindo 3,9% e a Microsoft perdendo 1,15%. Entretanto, no geral, o setor de tecnologia subiu 0,79%. O índice de semicondutores Philadelphia SE subiu 1,23%, liderado por ganhos de 0,54% nas ações da Qualcomm e de 1,11% nas ações da Intel.
A Presidente do Fed, Michelle Bowman, alertou que a inflação continua acima da meta de 2%, pedindo uma abordagem cautelosa para novos cortes nas taxas de juros.
Nesta semana, os investidores estão concentrados nos dados de desemprego e gastos com consumo pessoal, que podem influenciar os próximos passos do Fed.
Entre os movimentos notáveis do mercado, as ações da Visa caíram 5,49% após o Departamento de Justiça dos EUA ter entrado com um processo contra a empresa por possíveis violações antitruste. A ação exerceu uma pressão significativa sobre o setor financeiro, que encerrou a sessão com queda de 0,92%.
Apesar dos problemas no setor financeiro, a Bolsa de Valores de Nova York viu a maioria das ações terminar o dia em alta. Para cada uma que caiu, houve quase duas que avançaram, uma proporção de 1,93 para 1. A NYSE registrou 636 novas máximas e apenas 43 novas mínimas.
O S&P 500 também mostrou uma dinâmica positiva, com 62 novas máximas de 52 semanas e nenhuma nova mínima. O Nasdaq Composite registrou 103 novas máximas, mas também 101 novas mínimas, refletindo um quadro misto no mercado de tecnologia.
O volume total de negociações nas bolsas de valores dos EUA foi de 11,42 bilhões de ações, um pouco abaixo da média de 11,60 bilhões nas últimas 20 sessões. Isso mostra que o interesse no mercado está estável em meio às mudanças econômicas globais.
Um índice de ações globais amplamente seguido atingiu um recorde histórico na terça-feira, enquanto os preços do cobre subiram para o maior valor em 10 semanas, impulsionados pelas medidas de apoio econômico anunciadas pela China, a segunda maior economia do mundo.
O yuan chinês atingiu o maior valor em 16 meses em relação ao dólar norte-americano, em resposta às medidas de apoio econômico tomadas por Pequim. Em seguida, os preços do petróleo também subiram para uma alta de três semanas, refletindo expectativas positivas no maior importador de petróleo do mundo.
O governador do Banco Popular da China, Pan Gongsheng, anunciou planos para reduzir os custos de empréstimos e injetar mais dinheiro na economia. Será dada atenção especial à redução do ônus da dívida das famílias, principalmente por meio da redução dos pagamentos de hipotecas. Entre as medidas planejadas está uma redução de 50 pontos-base nas exigências de reservas bancárias, o que deve estimular ainda mais o crescimento econômico.
As medidas de apoio econômico da China tiveram um impacto significativo nos mercados dos EUA. "Os sinais das notícias da China estão refletidos nos setores dos EUA, particularmente nos setores cíclicos, como metais e mineração, que tiveram um desempenho impressionante", disse Zachary Hill, chefe de gerenciamento de portfólio da Horizon Investments em Charlotte, Carolina do Norte.
Os investidores continuam a monitorar de perto as ações do Federal Reserve, tentando prever seu próximo passo após a recente flexibilização monetária, quando a taxa básica de juros foi cortada em 50 pontos-base.
O MSCI World Equity Index apresentou um crescimento confiante, adicionando 0,54% e atingindo um recorde de 844,56 pontos. O índice europeu STOXX 600 também subiu 0,65%, apoiando o sentimento positivo nos mercados globais.
Nos mercados de commodities, os preços do petróleo continuaram a subir: O petróleo bruto dos EUA subiu US$ 1,19, atingindo US$ 71,56 por barril, e o petróleo bruto Brent subiu US$ 1,27, chegando a US$ 75,17 por barril. Esse crescimento foi causado por notícias econômicas positivas da China, o maior consumidor de matérias-primas do mundo.
O cobre também registrou um forte ganho na Bolsa de Metais de Londres, subindo 2,7%, para US$ 9.802 por tonelada. A sessão atingiu o pico de US$ 9.825, o mais alto desde meados de julho. A influência da China no mercado de metais foi um fator fundamental para a recuperação.
O ouro continuou a se fortalecer em meio ao crescente interesse em ativos portos-seguros, subindo 1,15%, para US$ 2.658,69 a onça. Enquanto isso, o yuan chinês se fortaleceu 0,65% em relação ao dólar americano, para US$ 7,017.
O índice do dólar americano ampliou sua queda após dados mostrarem uma fraca confiança do consumidor, aumentando as expectativas de mais flexibilização do Fed.
O índice do dólar, que acompanha o dólar em relação às principais moedas globais, como o iene e o euro, caiu 0,57%, para 100,35. Enquanto isso, o euro ganhou 0,59%, para $1,1178. O iene japonês também ganhou em relação ao dólar, com a moeda americana enfraquecendo 0,31%, para 143,15 ienes.
Os rendimentos do Tesouro caíram em negociações instáveis, já que as expectativas de novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve tornaram-se mais prováveis em meio a dados econômicos fracos e à diminuição da confiança do consumidor.
As chances de o Fed cortar as taxas em 50 pontos-base em sua reunião de novembro aumentaram para 62%, ante 54% no dia anterior, de acordo com a LSEG. Ao mesmo tempo, um corte mais modesto de 25 pontos-base tem 38% de chance.
O rendimento da nota do Tesouro dos EUA de 10 anos diminuiu ligeiramente para 3,733% nas negociações da tarde, após ter atingido anteriormente uma alta de 3,81% em três semanas. A tendência reflete as crescentes expectativas do mercado de que a Reserva Federal poderá adotar medidas adicionais de flexibilização monetária em um futuro próximo.
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