O S&P 500 ultrapassou brevemente a marca de 6.000 na noite de sexta-feira, encerrando a semana com o maior ganho do ano. A perspectiva política de Trump teve um impacto significativo no sentimento dos investidores, elevando as esperanças para reformas econômicas favoráveis.
As expectativas de um corte de 25 pontos-base na taxa, anunciado pelo Federal Reserve esta semana, aumentaram a confiança nos mercados de ações. As ações do Fed intensificaram o apetite por crescimento, o que se refletiu no desempenho dos índices.
O S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average (DJIA) registraram os melhores resultados semanais desde novembro de 2023. O Nasdaq, por sua vez, teve a melhor semana em dois meses, fortalecendo-se com o aumento das expectativas de crescimento econômico e maiores lucros corporativos.
Um dos principais fatores que influenciam os mercados de ações tem sido a situação política nos Estados Unidos. A vitória de Donald Trump nas eleições e o possível controle do Partido Republicano sobre o Senado e a Câmara dos Representantes criam um cenário propício para a estabilização política. Muitos acreditam que isso facilitará a implementação de planos ambiciosos de redução de impostos e desregulamentação, estimulando o crescimento dos lucros corporativos e dos investimentos.
Os cortes de impostos corporativos e a desregulamentação foram os principais impulsionadores da alta do Nasdaq, que teve três dias consecutivos de recordes de fechamento. Como resultado, o S&P 500 terminou a semana com seu 50º recorde de fechamento do ano, destacando a força da tendência de alta atual.
Mike Dixon, chefe de pesquisa e estratégia quantitativa da Horizon Investments, afirmou: "Embora a marca de 6.000 seja psicologicamente significativa, dado todos os eventos da semana, acho que não importa se fecharmos em 6.005 ou 5.995. O mercado ainda apresentou um ganho impressionante."
Foi, portanto, uma semana muito positiva para os índices de ações, com grandes eventos, como as eleições e a decisão do Fed, impactando os mercados financeiros e criando expectativas positivas para os investidores.
Esta semana trouxe várias notícias positivas para os mercados, com os investidores reagindo fortemente às melhorias na economia e na política. Como destacou um analista: "Esse fluxo de boas notícias é muito mais importante do que saber se o índice estará em 6.000 ou ligeiramente abaixo quando o mercado fechar." Tudo isso prevalece sobre questões técnicas, destacando o forte otimismo entre os traders.
O Dow Jones Industrial Average subiu 259,65 pontos (0,59%), encerrando o dia em 43.988,99. O S&P 500 adicionou 22,44 pontos (0,38%), fechando em 5.995,54, e o Nasdaq Composite subiu 17,32 pontos (0,09%), alcançando 19.286,78.
Todos os três índices registraram ganhos impressionantes na semana, com o S&P 500 subindo 4,66%, o Nasdaq 5,74% e o Dow 4,61%.
Um dos destaques da semana foi o desempenho histórico do Dow, que superou pela primeira vez a marca de 44.000. A Salesforce destacou-se entre os motores de crescimento, com as ações subindo 3,59% devido aos planos da empresa de contratar 1.000 novos funcionários para expandir sua área de inteligência artificial por meio da ferramenta Agentforce.
Setores sensíveis às taxas de juros, como o imobiliário e o de utilidades, foram os melhores entre os 11 grupos do S&P 500, acompanhando o declínio dos rendimentos dos títulos do Tesouro pela segunda sessão consecutiva, após um salto acentuado motivado pelos eventos políticos.
O S&P 500 e o Nasdaq terminaram a semana em alta, registrando o quarto ganho consecutivo. Isso confirma a confiança dos investidores de que o mercado continuará a se fortalecer, apesar dos possíveis riscos políticos e econômicos.
Assim, a semana foi especialmente favorável para os mercados de ações, sustentada por notícias positivas, fortalecimento das grandes empresas e taxas mais baixas, que, juntas, impulsionaram o crescimento.
Apesar dos movimentos positivos nos mercados de ações, o rendimento de referência do Tesouro dos EUA de 10 anos permaneceu em um pico de quatro meses. Isso pesou nas expectativas dos investidores para o ritmo dos cortes de taxa pelo Federal Reserve em 2025. Os mercados ajustaram suas previsões devido ao aumento das preocupações com as tarifas propostas pela administração, que poderiam reacender as pressões inflacionárias.
O índice Russell 2000 de ações de pequenas empresas registrou um ganho fenomenal de 8,51% na semana, o maior ganho semanal desde abril de 2020. Especialistas acreditam que ações focadas no mercado interno dos EUA estão se beneficiando das condições econômicas favoráveis, como o potencial alívio fiscal, menos regulamentação e menor dependência do comércio exterior e tarifas.
Os indicadores de confiança do consumidor dos EUA atingiram o nível mais alto em sete meses no início de novembro, com o índice de expectativas das famílias subindo especialmente, alcançando o maior valor em três anos. Os republicanos estão otimistas em relação às perspectivas econômicas, o que está impactando positivamente a confiança, de acordo com o Índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan.
Apesar do crescimento geral do mercado, várias grandes empresas registraram quedas significativas. Por exemplo, as ações da Airbnb caíram 8,66% após a empresa não atender às expectativas de lucro do terceiro trimestre. A Pinterest teve um desempenho ainda pior, com suas ações caindo 14% após previsões de receita decepcionantes.
As ações de empresas chinesas listadas nas bolsas dos EUA também perderam valor. Os investidores não reagiram bem às mais recentes medidas de apoio fiscal do governo chinês. Por exemplo, as ações da JD.com caíram 6,99%, enquanto a Alibaba perdeu 5,94%.
Em meio a essas flutuações, o número de ações em alta superou significativamente as em queda. A proporção foi de 1,7 para 1 na Bolsa de Valores de Nova York e 1,21 para 1 na Nasdaq, indicando que o otimismo prevaleceu entre os investidores, apesar de alguns contratempos em grandes empresas.
O índice S&P 500 registrou 88 novas máximas em 52 semanas e apenas 10 mínimas, enquanto o Nasdaq Composite superou a marca de 211 novos recordes, apesar de 108 baixas. O volume total de negociações nas bolsas dos EUA foi de 15,46 bilhões de ações, bem acima da média de 12,74 bilhões dos últimos 20 dias de negociação.
Em meio a esses recordes, previsões econômicas positivas do Federal Reserve sustentaram o otimismo no mercado. Na quinta-feira, o Fed anunciou um corte de 25 pontos base na taxa de juros, amplamente esperado, ajudando a fortalecer a confiança dos investidores. Mas a questão central é por quanto tempo o banco central poderá manter essa postura, pois suas ações dependerão de como a inflação será controlada.
O relatório do índice de preços ao consumidor (CPI) de 13 de novembro deve confirmar que a inflação continua a cair, de acordo com Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B Riley Wealth. Os dados de inflação dos EUA têm sido um indicador importante nos últimos meses para o Fed, que tenta equilibrar sua política entre estimular a economia e controlar os preços.
No entanto, investidores estão preocupados com possíveis aumentos tarifários propostos no programa de Donald Trump, que poderiam pressionar os preços ao consumidor e adicionar incertezas à economia. Enquanto isso, os dados econômicos continuam surpreendendo, com um relatório recente mostrando que a economia dos EUA cresceu a uma taxa robusta de 2,8% no terceiro trimestre, um sinal positivo adicional.
Economistas preveem que o índice de preços ao consumidor (CPI) suba 2,6% em outubro em relação ao ano anterior. Isso representa um ligeiro aumento em relação ao ganho de 2,4% em setembro, que foi o mais lento em três anos. Mesmo assim, esse ritmo continua bem abaixo dos níveis máximos de inflação observados em 2022, que levaram o Fed a aumentar acentuadamente as taxas.
À medida que a inflação aumenta, as percepções sobre como o Federal Reserve ajustará as taxas no futuro estão mudando. As expectativas do mercado mudaram significativamente desde a vitória eleitoral de Donald Trump. Segundo os futuros dos fundos federais, os investidores agora esperam que as taxas sejam reduzidas para 3,7% até o final de 2025, um aumento de 100 pontos base em relação à estimativa de setembro. Essas revisões de previsões são baseadas nas novas realidades econômicas e políticas.
As expectativas de cortes futuros nas taxas estão desempenhando um papel importante no suporte às ações de crescimento, juntamente com resultados sólidos de lucros corporativos e otimismo em torno da inteligência artificial. Os investidores estão apostando que uma política monetária mais branda continuará impulsionando o crescimento, especialmente em setores que utilizam ativamente novas tecnologias e inovação.
No entanto, a euforia inicial dos mercados pode ser pressionada à medida que Trump começa a revelar planos de políticas específicas e a nomear figuras-chave. Segundo analistas do UBS Global Wealth Management, a vitória de Trump até agora levanta mais perguntas do que respostas para os investidores. A cada nova declaração da equipe de transição presidencial, os mercados avaliarão como essas mudanças afetarão a economia e os fluxos financeiros.
As mudanças de políticas esperadas também geraram expectativas nos setores bancário e financeiro. Em particular, as instituições financeiras estão contando com a flexibilização das regulamentações sob a nova administração. Wall Street está se preparando ativamente para aproveitar essa oportunidade, esperando políticas financeiras mais brandas que estimulem o desenvolvimento e o crescimento dos lucros.
Após a vitória de Donald Trump, grupos comerciais financeiros estão ocupados compilando listas de mudanças que desejam propor à equipe de transição do novo presidente. Fontes do setor, que falaram sob condição de anonimato, dizem que uma lista de propostas cobrindo questões regulatórias chave já está sendo ativamente desenvolvida para ser entregue à equipe de Trump.
O processo é resultado de meses de discussões entre a equipe de transição e vários grupos da indústria, advogados e lobistas. O objetivo dessas reuniões, segundo as fontes, é estabelecer as bases para implementar as promessas de Trump quando ele possivelmente retornar à Casa Branca em 2025. Refletindo a importância dessas iniciativas, diversos grupos comerciais estão dispostos a apresentar suas propostas com urgência.
A intensidade das preparações para potenciais mudanças regulatórias destaca o desejo da nova administração de agir rapidamente e com decisão, especialmente em áreas-chave como o setor bancário, onde já surgiram debates sobre futuras normas e regulamentos.
Uma grande preocupação na indústria bancária são as regras propostas do Basel III Endgame, que exigiriam que grandes bancos mantivessem significativamente mais capital para mitigar riscos. As medidas já atraíram críticas de grupos bancários, que têm feito lobby há meses para reduzir os requisitos. Agora, eles esperam que a nova administração revogue as regras ou ofereça mudanças mais flexíveis para aliviar a carga sobre as instituições financeiras.
Os bancos dos EUA estão buscando ativamente maneiras de flexibilizar as regulamentações, especialmente em questões que atualmente causam mais dificuldades. Os bancos desejam alívio de alguns requisitos rigorosos, incluindo as regras de empréstimos justos, que continuam a contestar em tribunais, segundo fontes. Além disso, as instituições financeiras estão pressionando por testes de estresse anuais menos rigorosos para grandes bancos e uma avaliação mais fácil de fusões e aquisições.
Grandes bancos dos EUA dizem que, embora apoiem os princípios fundamentais das normas de Basel, querem requisitos de capital mais flexíveis. As mudanças permitiriam que os bancos permanecessem dentro das regras existentes, mas com menor carga, permitindo-lhes mais flexibilidade nas decisões, segundo fontes familiarizadas com o assunto. As discussões sobre essas questões ainda estão em andamento, e os esforços de lobby estão nos estágios iniciais.
Outro grande problema para os bancos é o aumento da fiscalização pelo Bureau de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB). Sob a direção de Rohit Chopra, a agência intensificou os esforços de fiscalização, gerando mais preocupações na comunidade bancária. O CFPB está se tornando um foco importante para lobistas que buscam suavizar o impacto dessas iniciativas nas instituições bancárias.
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