Os principais índices de ações dos EUA encerraram a sessão de quarta-feira em baixa, mas reduziram parte das perdas após comentários encorajadores do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell. Como esperado, o Fed manteve sua taxa básica de juros inalterada, sinalizando uma continuidade da estabilidade monetária.
As gigantes da tecnologia foram as mais afetadas. O S&P 500 sofreu com a pressão do setor de tecnologia de ponta (.SPLRCT), enquanto as ações da Nvidia (NVDA.O) recuaram 4,1%. A Microsoft (MSFT.O) também registrou queda de 1,1%, ampliando a desvalorização iniciada após o avanço da empresa chinesa DeepSeek, que lançou modelos próprios de inteligência artificial. Esses novos desenvolvimentos se mostraram mais acessíveis e eficientes, mesmo em chips menos potentes que os utilizados pela OpenAI, levantando preocupações entre investidores.
Após o anúncio do Fed, o mercado ampliou suas perdas, com o Nasdaq recuando mais de 1% durante o pregão. O banco central dos EUA ajustou seu discurso sobre a inflação, deixando de afirmar progresso na sua redução e destacando apenas que o crescimento dos preços continua elevado.
Apesar disso, a decisão de manter os juros inalterados não surpreendeu os investidores. No início de 2024, o Fed havia promovido três cortes consecutivos, reduzindo a taxa em um total de 1 ponto percentual. Agora, porém, o banco central sinaliza uma postura mais cautelosa, deixando o mercado em compasso de espera.
Os índices de ações dos EUA conseguiram recuperar parte das perdas após o início do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante uma coletiva de imprensa. Suas declarações, cautelosas, mas firmes, ajudaram a conter o pânico entre os investidores. Powell ressaltou que o Fed não tem pressa para revisar sua política monetária e destacou que a abordagem atual permanece flexível o suficiente para gerenciar os riscos econômicos.
"Powell é um mestre em acalmar os mercados", afirmou Jake Dollarhide, CEO da Longbow Asset Management. Segundo ele, a solidez da economia dos EUA permite ao Federal Reserve tomar decisões equilibradas, o que tem um impacto positivo no sentimento dos investidores.
Apesar da recuperação parcial, os principais índices acionários ainda fecharam a sessão em queda:Dow Jones Industrial Average (.DJI) recuou 136,83 pontos (-0,31%), encerrando o dia em 44.713,52.S&P 500 (.SPX) perdeu 28,39 pontos (-0,47%), fechando em 6.039,31.Nasdaq Composite (.IXIC) caiu 101,26 pontos (-0,51%), terminando em 19.632,32.
A Reserva Federal não trouxe surpresas para o mercado, conforme destacou Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities. Ele afirmou que a falta de novidades na retórica do Fed era amplamente esperada, e os mercados reagiram de forma natural a isso. No entanto, Jerome Powell se absteve de fazer previsões sobre as políticas econômicas de Donald Trump, observando que é muito cedo para avaliar as consequências dessas medidas. O banco central adotará uma abordagem de "esperar para ver" a fim de avaliar o possível impacto das novas iniciativas na economia.
A principal preocupação dos investidores gira em torno das tarifas propostas por Trump. Economistas acreditam que essas tarifas podem elevar a inflação e criar obstáculos adicionais para a redução das taxas de juros. Ao mesmo tempo, o Fed não indicou de forma clara quando poderá ocorrer a próxima redução nas taxas de juros, deixando os mercados em um estado de incerteza.
Nas próximas semanas, os investidores continuarão monitorando de perto os indicadores macroeconômicos e as declarações do Fed, a fim de entender melhor as possíveis novas medidas do banco central.
Um evento crucial para a direção futura do mercado será a divulgação do índice de despesas com preços ao consumidor (PCE), programado para sexta-feira. Este indicador é um dos mais relevantes para o Fed, utilizado para decisões sobre a política monetária. Os investidores esperam que os dados ofereçam maior clareza sobre a dinâmica futura das taxas de juros.
Em meio a uma queda generalizada do mercado, as ações da empresa de serviços em nuvem F5 (FFIV.O) subiram 11,4%. O aumento ocorreu após a empresa divulgar uma previsão otimista de receita para o segundo trimestre e superar as expectativas de lucro para o primeiro trimestre. Os fortes ganhos indicam que a demanda por tecnologia de nuvem permanece robusta, mesmo com a turbulência no setor de tecnologia.
Enquanto isso, as ações da Microsoft (MSFT.O) sofreram pressão. As ações caíram 4,5% no mercado de balcão após a empresa apresentar uma perspectiva decepcionante para seu negócio de nuvem. Investidores estão preocupados com os altos custos de desenvolvimento da inteligência artificial, a incerteza quanto à receita futura dessa tecnologia e a crescente concorrência de desenvolvedores chineses de IA que oferecem soluções mais baratas.
Esse declínio é mais um sinal de que, até mesmo os gigantes da tecnologia, estão enfrentando dificuldades em um mercado global competitivo e incerto.
A CFO da Microsoft, Amy Hood, informou que o Azure pode crescer na faixa de 31% a 32% em seu terceiro trimestre fiscal, abaixo da previsão de 33%. Esses números desapontaram o mercado, pois os analistas esperavam um desempenho mais robusto na área de computação em nuvem, um dos principais impulsionadores do crescimento futuro da empresa.
A receita do Azure aumentou 31% no trimestre, mas ficou aquém da previsão de 31,8% feita pela Visible Alpha. Ao mesmo tempo, as despesas de capital da Microsoft chegaram a US$ 22,6 bilhões, superando a estimativa média dos analistas de US$ 20,95 bilhões.
Em uma conferência com analistas, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, destacou que a empresa continua a investir na construção de poderosos data centers necessários para desenvolver e dimensionar modelos de inteligência artificial. Segundo ele, a prioridade da Microsoft não é apenas o progresso tecnológico, mas também a redução dos custos das soluções de IA para os clientes.
"Estamos trabalhando ativamente na otimização de software", afirmou Nadella. "Isso se aplica não apenas às tecnologias apresentadas pelo DeepSeek, mas também aos esforços de longo prazo para reduzir os custos dos modelos GPT, em parceria com a OpenAI." O líder da Microsoft também ressaltou que melhorias significativas nos algoritmos permitiram um aumento considerável na eficiência do processamento de dados, o que é essencial para a implementação da IA em serviços de nuvem.
Apesar dos pesados investimentos no setor de IA, as ações da Microsoft cresceram apenas 8% no último ano. Esse desempenho está bem abaixo do crescimento de 29% da Alphabet e de 50% da Amazon. No entanto, os investidores ainda consideram a Microsoft uma força importante no setor de inteligência artificial.
De acordo com a LSEG, a Microsoft está sendo negociada a cerca de 32 vezes o lucro esperado, um pouco acima da média de 30 vezes dos últimos cinco anos. Isso sugere que o mercado mantém expectativas altas em relação aos lucros futuros da empresa, impulsionados pelos desenvolvimentos de IA.
Apesar da pressão dos concorrentes, a Microsoft conseguiu superar as expectativas do mercado. A receita da empresa no segundo trimestre fiscal (que termina em dezembro) cresceu 12%, alcançando US$ 69,6 bilhões, superando a estimativa média dos analistas de US$ 68,78 bilhões.
Além disso, o lucro por ação foi de US$ 3,23, superando também a previsão dos analistas de US$ 3,11 por ação.
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